As manifestações realizadas
Brasil afora, em protesto inicialmente contra o aumento das tarifas do
transporte coletivo, depois contra uma série de coisas que vão desde reivindicações
contra a Copa do mundo, passando por melhorias na saúde, educação, em favor dos
direitos de minorias, contra a corrupção, a PEC 37 dentre outros. Tudo isso
serviu para mostrar a força do povo, que é possível mudar um país indo as ruas
reivindicar, e as manifestações fazem parte do jogo democrático, deixamos de
viver em berço esplendido para mostrar ao mundo que o povo brasileiro não foge
à luta. Mas toda essa mobilização serviu para a grande mídia distorcer as
informações e transformar tudo isso numa manobra política contra o Governo Federal.
As manifestações têm caráter de
esquerda, surgiram dentro de movimentos de esquerda, (confiram mais informações
sobre o assunto no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=qfWHac_Zrj0). A grande
mídia nacional formada principalmente pela Rede Globo, Grupo Abril, e o grupo Folha de São Paulo, usaram essas
manifestações para tentarem atingir seus objetivos que no momento é desestabelecer
o Governo a um ano das eleições, para que
o velho aliado da mídia, ou seja o PSDB, tenha condições de voltar ao poder em
2014.
Os protestos foram muito
importantes, o Congresso Nacional pressionado pelas manifestações das ruas, votou
inúmeras matérias que estavam paradas há muito tempo, rejeitou o PEC 37, aprovou
medida provisória que destina os royalties do petróleo para a educação (ainda
precisa passar por mais votações), rejeitou mais de 40 milhões de reais que
seriam usados na Copa, aprovou (embora precise passar por mais votações) o fim
do voto secreto para cassação de mandatos parlamentares, acelerou o processo de
cassação do Dep. Natan Donadon dentre outras matérias importantes, tudo isso em
apenas três dias de votação, conclusão, quando os senhores Deputados e Senadores
querem trabalhar eles fazem. Mas é preciso o povo ir às ruas para pressioná-los?
Os protestos também foram
fundamentais para que as taxas exorbitantes dos transportes coletivos fossem
baixadas, em todo o país houve redução do preço das passagens. A discussão
sobre o passe livre deixou de ser utopia, para ser discutidos em alguns cidades
e até no Distrito Federal.
O Governo Federal, reduziu
impostos para diminuir as tarifas das passagens, esse mesmo Governo acelerou a
discussão sobre a reforma política, tão esperada à anos, até sugeriu uma consulta popular através de plebiscito para discutir a reforma, além de receber
e dialogar com os manifestantes.
O Poder Judiciário também foi afetado
pelas manifestações, o STF rejeitou o último recurso do Dep. Natan Donadon e
foi decretada sua prisão preventiva, quem diria no Brasil um político preso por
corrupção, o único preso até o momento por esse tipo de crime.
Como podemos ver os protestos
afetaram todas as esferas do Poder, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Agora o ruim de tudo isso é o
uso político que a grande mídia está fazendo, de forma a parecer que todos
esses protestos são contra o Governo do PT, embora muitos não concordem com o
governo, os protestos são contra toda classe política, contra corrupção em
todas as esferas do poder, os protestos são para mostrar a insatisfação da
população contra os serviços públicos oferecidos por todos os governos, não só o
federal, não são manifestações políticas partidárias,
são do povo querendo melhor qualidade de vida.
Só para ter uma ideia a Rede
Globo deixou de exibir suas novelas, ou seja, seus produtos de maior
lucratividade, para mostrar os protestos pelo Brasil, foram mais de quatros
horas seguidas sem intervalo, mostrando o povo nas ruas das principais cidades
do país. Com que intuito a gigante das comunicações fez isso? E por que logo
após os protestos, o Grupo Folha fez uma pesquisa para avaliar a aprovação do
Governo? E divulgaram de forma extraordinária os resultados que indicaram a
redução da aprovação do Governo para 30%?. A mídia quer o PSDB de volta ao Planalto
e estão usados os protestos democráticos do povo para atingir seus objetivos políticos
partidários.