quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MAIOR GENOCÍDIO DA HISTÓRIA

Durante os séculos XVI e XIX, foram trazidos para as Américas mais de 10 milhões de africanos, para trabalharem como mão de obra escrava, 40 % desse total de escravos veio para o Brasil, maior importador mundial, eles vinham trabalhar principalmente nas lavouras de cana-de-açúcar no nordeste, nas minas de ouro e nos cafezais do sudeste. Do total de escravos traficados da África apenas 45 % chegavam em seu destino final, ou seja, aos proprietários, o restante morria durante a viagem do interior dos pais africanos até o litoral e do litoral através do oceano atlântico até os países americanos.
Os africanos transformados em escravos eram em sua maioria prisioneiros de guerra ou inimigos de algum líder tribal. Os negros eram capturados, torturados e enviados até os portos dos países para serem vendidos a traficantes internacionais de escravos, que muitas vezes ofereciam pelos prisioneiros materiais simples como tabaco, ou especiarias. A maior parte dos escravos morriam durante esse trajeto, devido, às condições subumanas que eram transportados, aos espancamentos e os ferimentos que sofriam durante a sessão de tortura que durava praticamente toda a viagem. Depois de vendidos os escravos eram colocados em navios sujos, apertados e sem nenhuma higiene, acorrentados uns aos outros e trancafiados em porões aonde até o oxigênio era limitado. Durante a travessia do Atlântico acontecia a segunda maior mortalidade dos africanos, muitos morriam ao contrair doenças e outros pela exaustidão e as péssimas condições da viagem. Chegando aos mercados de escravos em países americanos muitos estavam “beirando” a morte, ficavam confinados por um período para recupera-se, depois vendidos a elevados preços para os proprietários de terra, comerciantes, clero e pessoas comuns que tivessem condições de comprá-los.
Quase 7 milhões de africanos morreram durante a viagem do interior da áfrica até a América, número superior aos judeus mortos durante a segunda guerra mundial, caracterizando um dos maiores genocídios da humanidade. Fora isso ainda, tinha todo o sofrimento dos escravos nas fazendas e na cidade, trabalhando arduamente durante mais de 15 horas diárias, sem direitos ou garantias, sendo fiscalizados constantemente pelos feitores, e sofrendo severos castigos por muitos motivos simples ou mesmo sem motivo algum, tudo isso garantido em lei, sob os olhares das autoridades e da igreja católica um dos maiores proprietários de escravos da época.

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