quarta-feira, 17 de abril de 2013

Por que falta milho no Nordeste



Reportagem na integra.

Todos dias nas unidades da CONAB na Paraíba formam-se filas quilométricas de agricultores em busca de comprar milho, muitos deles voltam para casa sem comprar nada. Vejam abaixo reportagem do Estadão que explica em parte esse problema....

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Enquanto o Nordeste vê parte de seu rebanho ser aniquilada por falta de comida, numa das piores secas da região, o Brasil se transforma no maior exportador de milho do mundo. A situação, que à primeira vista pode parecer um contrassenso, é mais um efeito devastador do caos logístico que assola o País. Produto há. O que não tem é transporte para levar o milho do Centro-Oeste para o Nordeste.

Hoje, apesar dos enormes congestionamentos nos portos, tem sido mais fácil atravessar 17 mil km de oceano até a China do que transpor 3,5 mil km entre Sorriso (MT) e Recife (PE), por exemplo. Com a safra de soja à plena carga e estradas em péssimas condições, os caminhoneiros se recusam a levar o milho até as cidades nordestinas. Quando raramente aceitam, o preço do frete dobra o valor do produto.

Uma das justificativas, além das deficiências da malha rodoviária, é que no transporte até os portos, o caminhão vai com soja e volta com fertilizantes, por exemplo. Para o Nordeste, além de gastar entre 8 e 10 dias (dependendo da cidade) de viagem, a carreta sobe cheia, com milho, e volta vazia. 'Junta-se a isso a nova lei dos caminhoneiros, que reduziu a carga horária dos profissionais e, consequentemente, diminuiu a frota de veículos disponível para o transporte no Brasil', afirma o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho.

Para tentar resolver o problema no Nordeste, a Conab, do Ministério da Agricultura, decidiu fazer três leilões para aquisição do produto, com cláusulas que obrigam o vendedor a entregar o produto na região. No primeiro, realizado no fim de março, o governo comprou 50 mil toneladas de milho por R$ 43 a saca - em Campinas, uma das referências nacionais, o preço é de R$ 25.

Na quarta-feira, a Conab promove outro certame para 103 mil toneladas de milho, que deverão ser entregues nos portos do Nordeste. A expectativa é usar a cabotagem para fazer o transporte.

'Neste caso, vamos fazer uma doação aos Estados que poderão vender o produto a R$ 18,12 a saca', afirma o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo de Araújo Melo. Ele completa que ainda haverá outro leilão para compra de mais 70 mil toneladas nos moldes da primeira disputa. 'O governo está sendo ágil. Agora precisamos rezar para chover.'

Mais caminhões. Na opinião dos produtores locais, será preciso muito mais para resolver os problemas. 'Só entre os pequenos produtores a demanda é de 300 mil toneladas de milho', afirma o presidente da Associação Cearense de Avicultura, João Jorge Reis. Para ele, a situação tende a piorar daqui para frente, se não chover na região. Com a produção de soja sendo escoada para os portos e o início da safra de açúcar, a demanda por caminhões vai aumentar. 'Seremos duplamente sacrificados, ou pelo aumento do preço do frete ou pela falta do produto.'

Ele explica que durante muitos anos o Nordeste foi abastecido pela importação de milho da Argentina, de 15 em 15 dias. A partir de 1995, a compra foi suspensa e os produtores passaram a adquirir milho do Centro-Oeste. Em 2007, essa parceria terminou. 'O governo parou de comprar milho e fazer estoque. Agora estamos nessa situação.' A solução apresentada por Reis e por Ramalho, da SRB, é voltar a importar milho do país vizinho, apesar de os produtores de grãos terem o produto estocado.

'Não temos condições de transportar o produto dentro do Brasil por caminhões nem levar pelos portos.

Na Argentina, os terminais não estão sob tanta pressão. Será mais fácil e barato (trazer o milho)', diz Ramalho. Mas a decisão não é bem aceita pelo governo, já que representaria um desgaste político muito grande explicar por que importar um produto que o Brasil tem em estoque.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, defende a adoção de políticas públicas que permitam o aumento da produção do grão no Nordeste para reduzir a dependência da região de outros Estados. 'Já apresentamos sugestão completa para o Ministério da Agricultura. Hoje o Mato Grosso produz cerca de metade da safra nacional.'


Fonte: O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 12 de abril de 2013

FESTA DO LEITE EM SANTA CECÍLIA 2013




De 29 de abril a 01 de maio de 2013, acontece a oitava edição da Festa do Leite de Santa Cecília-PB. O evento é uma realização da PREFEITURA MUNICIPAL em parceria com a EMATER PARAIBA. E tem como objetivo orientar e capacitar os produtores de leite do município sobre diversas práticas de convivência com o Semiárido, bem como informá-los sobre técnicas de melhoria da qualidade do leite. Outro intuito do evento é demonstrar os produtos derivados do leite que são comercializados pelos agricultores do município, buscando novas oportunidades de mercado, e por fim oferecer entretenimento aos agricultores e demais pessoas do município.

O evento inicia-se dia 29 de abril com a fundação de uma cooperativa dos produtores de Leite do município, e eleição de sua diretoria.

Dia 30 de abril acontece um dia de campo sobre práticas de convivência com o Semiárido que será organizado pela EMATER local em parceria com a Coordenadoria Regional de Campina Grande.

E no dia 01 de maio, existe uma variada programação voltada ao entretenimento. Neste dia haverá demonstração de produtos derivados do leite, artesanatos, comidas típicas, apresentações culturais, forró pé de serra e shows em praça pública. 

Clique na imagem acima e vejam a programação completa

sábado, 6 de abril de 2013

EMATER-PB organiza segundo módulo do curso de cooperativismo em Santa Cecília-PB


Quinta-feira dia 04 de abril de 2013 a Unidade Operativa da EMATER de Santa Cecília-PB, organizou o segundo módulo do curso de cooperativismo, que está sendo ministrado pela assessora estadual da EMATER-PARAÍBA a Tecnológa em Cooperativismo Vitória Vitor, o curso que terá cinco módulo, tem como principal objetivo capacitar um grupo de agricultores para formarem uma cooperativa dos produtores de leite.

O município de Santa Cecília é um dos maiores produtores de leite bovino do estado, a quase totalidade do leite é utilizado na fabricação de queijo de coalho, que é comercializado em diversas cidades da Paraíba e de Pernambuco, motivo que confere o titulo a Santa Cecília de cidade do queijo.

A prolongada estiagem, o elevado preço do concentrado, os atravessadores, a falta de forrageiras, os baixos preços do produto, aliado a exigência do mercado consumo, e a rigorosa fiscalização do produto, fizeram como que um grupo de agricultores buscasse alternativas para minimizar os problemas.

Durante reuniões organizadas pela EMATER nas comunidades rurais surgiu à idéia da criação de uma cooperativa, para que juntos os agricultores pudessem enfrentar os problemas, e encontrarem soluções viáveis para a atividade. Desta forma, a Unidade Operativa da EMATER de Santa Cecília, com assessoria da Coordenaria Regional de Campina Grande, não estão medindo esforços para a realização deste projeto. A cooperativa será fundada no final quarto módulo do curso que será no dia 29 de abril durante a abertura oficial da festa do leite edição 2013.

Segue fotos do evento