domingo, 26 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA: SECRETÁRIO DO JUNCO DO SERIDÓ FALA SOBRE COMBATE A COCHONILHA DO CARMIM



Secretaria Agricultura Junco-pb
Na manhã deste domingo dia 26/02 via Facebook foi feita uma entrevista com o Secretário Municipal de Agricultura da cidade do Junco do Seridó. O engenheiro agrônomo Aílton Francisco dos Santos, ele respondeu  questionamentos sobre o tema COMBATE A COCHONILHA DO CARMIM NO JUNCO DO SERIDÓ. confira abaixo o teor da entrevista que foi extraída da página da Secretaria de Agricultura do Junco do Seridó na rede social Facebook.     


Início da conversa no bate-papo


LÁZARO FARIAS - Com que intensidade a cochonilha do carmim tem atingido os campos de palma do município do Junco do Seridó? 

SECRETÁRIO - cochonilha surgiu no junco em setembro do ano passado, e já se encontra em um estado avançado, atingindo várias comunidades rurais.

LÁZARO FARIAS - O que a prefeitura, através da pasta que o senhor é gestor, tem feito para enfrentar o problema?

SECRETÁRIO - Estamos divulgando nas comunidades através de reuniões os controles alternativas da praga, a exemplo do detergente neutro, sabão em pó e do óleo de algodão, inclusive o secretário executivo da secretaria de agricultura familiar o senhor Alexandre Eduardo estará no município dia 05 de março para discutimos o assunto, no Junco será instalado um projeto piloto de combate a cochonilha esse projeto será nos municípios de Boa Vista e Junco do Seridó.

LÁZARO FARIAS - De que forma detergente neutro, sabão em pó e óleo de algodão podem ajudar no combate a cochonilha do carmim?

SECRETÁRIO - Esses produtos alternativos tem uma ação superior aos dos agrotóxicos, eles atuam matando o inseto desde a fase de ovo até a fase adulta, é eficiente, barato e não agride o meio ambiente, é a melhor e mais eficiente forma de combate o inseto pesquisas da EMEPA já comprovaram o fato.

LÁZARO FARIAS - Essa é ação que a prefeitura está fazendo?

SECRETÁRIO - Nossa função é orientar em parceria com a EMATER-PB os agricultores para que assim que a praga surgir procurem a prefeitura ou EMATER para que nós tomemos as providências que é acionar a defesa agropecuária e começamos imediatamente o combate da praga com os produtos alternativos, nós também orientamos para que os agricultores não comprem palmas de locais que já existe a praga, a cochonilha pode ser combatida se houver um controle constante com os produtos alternativos que são os mais eficientes. A praga continua ainda muito severa por que os agricultores infelizmente não estão fazendo o controle correto, que é a continuidade da aplicação mesmo depois da praga desaparecer.

LÁZARO FARIAS - O engenheiro agrônomo, ex professor da UFPB, Anselmo Rodrigues de Oliveira, nos concedeu entrevista ontem pela indi FM, ele discorda veementemente desse tipo de Ação, para ele só há uma forma, é a substituição da palma que atualmente é cultivada, por raquetes de palma resistente a cochonilha. Com senhor avalia essa questão?


SECRETÁRIO - Prof Anselmo foi um dos meus melhores professores, tenho uma admiração enorme por ele, aprendi muita coisa com o grande prof. Concordo em parte com ele, a EMEPA já desenvolveu algumas variedades de palma resiste e nós da secretaria estamos trazendo para o município mais de 500 raquetes para a multiplicação dessas variedades, é uma saída, mas ainda creio que a palma gigante (mais susceptível a cochonilha) ainda tenha espaço no estado, no projeto piloto que será desenvolvido em Junco teremos uma unidade demonstrativa com a palma resistente, talvez para o cariri a palma gigante não tenha mais espaço, mas por aqui  aonde a cochonilha chegou a pouco, poderemos mantê-la através de um controle severo e constante.

LÁZARO FARIAS - Entendi. De toda forma quando as raquetes de palma resistente a praga chegarão ao município do Junco do Seridó? E como se dará essa multiplicação das variedades? 

SECRETÁRIO Conseguimos com um agricultor que também é técnico da EMATER, o senhor Haroldo Lins uma área de 4 ha para fazermos a multiplicação, depois pretendemos doar raquetes aos agricultores para que eles próprios possam multiplicá-las. 

LÁZARO FARIAS - Quanto tempo leva essa multiplicação?

SECRETÁRIO - Isso depende da variedade, solicitaremos 500 raquetes, o governo vai nos disponibilizar, mas estamos esperando qual vai ser a variedade para podermos ter uma idéia, de maneira gera,l em um ou dois anos essas raquetes estarão com os agricultores.

LAZARO FARIAS - Quem está doando é o governo do Estado ou o municipal? E mais uma vez pergunto, quando chegarão?

SECRETÁRIO - As variedades vem do governo do estado, o governo municipal vai fazer a multiplicação em parceria com a EMATER-PB, as raquetes estão sendo solicitadas e esperamos receber na terceira semana de março.


LÁZARO FARIAS - Ok Secretário, agradeço sua atenção. Desculpe por sacrificar seu domingo com muitos questionamentos. Essa entrevista será publicada de imediato no bloghttp://lazarofarias1.blogspot.com/ e o resumo será levado para indi FM 107.7 no programa Cariri Independente do próximo sábado 03/03 as 11h e 30 min. Peço que faça suas considerações finais se desejar.


SECRETÁRIO - Certo, nos de Junco estamos muito preocupados com a cochonilha, a palma é a salvação de nosso rebanho no período seco, não poderemos deixar acontecem em Junco o que aconteceu no cariri, a quase eliminação da palma, queremos e vamos lutar com todas as nossas forças em parceria com o governo do estado, com a EMATER e com todos os produtores de palma de Junco para combate essa praga. Eu que agradeço a vocês da Indi FM, um fraterno abraço e estaremos sempre à disposição!

Fonte:lazarofarias1.blogspot.com

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Projeto sobre Desertificação iniciará em março


Aconteceu hoje (sábado 25/02/2012) pela manhã na cidade de Campina Grande uma reunião com a equipe técnica responsável pelo projeto de recuperação de áreas degradadas. O projeto é coordenado pela Universidade Estadual do Ceará e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Agricultura de Junco do Seridó-PB e a Unidade Operativa da EMATER-PB de Junco do Seridó. Os engenheiros Agrônomos Ailton Francisco dos Santos e Kleber Fernandes de Medeiros, além do Geógrafo Iaponan Cardins (Equipe Técnica Responsável pelo Projeto) reuniram-se para discutir as primeiras atividades a serem desenvolvidas para a implantação do projeto de pesquisa-ação. A pesquisa será implantada nos municípios de Junco do Seridó e Santa Luzia e tem como um dos principais objetivos recuperar áreas degradadas através de práticas como Adubação Orgânica com composto elaborado pela equipe técnica, curva de nível, contenção da erosão com barreiras, plantas nativas com potencial econômico, plantas forrageiras, dentre outras. O projeto será financiado pelo Banco do Nordeste de Fortaleza e terá ampla participação de agricultores familiares da região. A primeira fase da pesquisa-ação iniciará na segunda semana de março de 2012 com a implantação das áreas experimentais.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ciclo de Reuniões nas Comunidades Rurais de Junco do Seridó-PB




Com a reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS, a EMATER, juntamente com seus parceiros concluíram o ciclo de reuniões que deu como início a reunião, deste mesmo conselho, no dia 10 deste, em que se elaborou, conjuntamente com as associações rurais e não rurais do município, um calendário de reuniões nas comunidades rurais do município.
A EMATER, como "carro chefe" dessa iniciativa, percorreu toda a zona rural do município, a qual fez acontecer verdadeiramente e com êxito tais reuniões. Essas, por sua vez, consideradas pelas comunidades, importantíssimas para o desenvolvimento de nosso município.


Durante as reuniões foram discutidos vários assuntos, como Crédito Rural, Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR, Emissão de DAP pela EMATER e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - STTR, PNAE, PAA, em especial do projeto COOPERAR.

Reunião com a comunidade Exú

Runião com a Comunidade Carneira dos Veríssimos

Reunião na Comunidade Carneira

Para a realização deste evento a EMATER-PB contou com o apoio indiscutível da Prefeitura Municipal de Junco do Seridó-PB, através de sua Secretaria de Agricultura,  contou ainda, com o apoio das Associações Rurais e não rurais do município,  e do CMDRS.


Em menos de 4 anos, as comunidades rurais vem se destacando a cada dia, isso decorrente os grandes esforços realizados de todos aqueles que estão ligados diretamente com esse público, através do planejamento, responsabilidade e da competência. Isso é visto desde o ano de 2009, em demos como prioridade o trabalho em conjunto, em particular com as lideranças do municípios e os lideres comunitários para que houvesse sim, um verdadeiro fortalecimento do associativismo nas comunidades rurais; as quais, por sua vez, se encontravam fragilizadas e/ou sem representações interna e externamente.

Essa afirmativa, de fortalecimento das comunidades rurais por suas associações, concretiza-se pelo número de famílias que participaram diretamente deste ciclo de reuniões, nas quais observamos uma expresivamente participação dos atores comunitários, as quais abrangeu em aproximadamente 200 famílias.

As comunidades que foram abordadas nesse contexto estão a Carneira, a Carneira dos Veríssimos, a Várzea da Carneira, o Vale Exú, o Vila Exú, Ponta da Serra do Brandão (Poço de Pedra), o Bom Jesus, bem como as associações dos mineradores e a dos castanheiros de junco.

Reunião com a associação dos castanheiros

Reunião com a associação dos mineradores

A última reunião, que foi com o CMDRS, foi exclusivamente para votar e priorizar propostas de projetos (subprojetos), oriundos das associações para serem encaminhados ao Projeto COOPERAR com o intuíto de agariar recursos para beneficiar as comunidades envolvidas com ações que tragam uma melhoria de vida para suas famílias.

Reunião com o CMDRS

Priorização de subprojetos no CMDRS


Artigo sobre urucuzeiro é Publicado em Revista Internacional

Foi publicado no volume número 53/2011 da Revista da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical um artigo sobre a cultura do urucuzeiro, o trabalho foi uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em parceria com a Empresa Paraibana de Pesquisa Agropecuária (EMEPA), os autores foram o Engenheiro Agrônomo e Extensionista da EMATER-PB Ailton Francisco dos Santos, os Professores da UFPB Djail Santos, Riselane Bruno e Adailson Pereira, além dos Pesquisadores  Camilo Flamerion da EMEPA e Ebenézer de Oliveira Silva da EMBRAPA. O Urucum já foi umas das principais fonte de renda de agricultores paraibanos na década de 1980, chegando a ser batizado com o ouro vermelho, comparando-se com o Algodão (ouro branco). Devido a diversos fatores a cultura entrou em decadência, mas inúmeros projetos tentam revitalizar essa importante cultura agrícola. O Urucum é um importante corante natural, que vem se destacando depois das restrições da Organização Mundial de Saúde ao uso de corantes artificiais na alimentação, principalmente aqueles derivados de petróleo em razão de seus efeitos cancerígenos. Dentre as alternativas para a substituição de corantes sintéticos por compostos naturais os pigmentos bixina e norbixina, encontrados nas sementes do urucuzeiro, destacam-se pela sua inocuidade e amplo espectro de cores,  versatilidade nos diversos segmentos industriais e, ainda, pelo preço obtido no mercado internacional. Os corantes do urucuzeiro respondem por cerca de 90% do total de corantes naturais consumidos no Brasil e em torno de 70% mundialmente. Na Paraíba o urucum é bastante utilizado para a fabricação do colorau, inclusive alguns agricultores conhecem essa cultura como pé de colorau. Para ter acesso ao artigo entre em contato através do e-mail: ailton.agronomo@gmail.com

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Jornalista faz relato emocionante sobre fechamento do DB e sensibiliza colegas



Jornalista faz relato emocionante sobre fechamento do DB e sensibiliza colegas
DESABAFO - jornalista faz relato emocionante sobre fechamento do Diário da Borborema e sensibiliza colegas de profissão

Agora que a poeira começou a baixar e a “ficha” caiu, comecei a refletir sobre o impacto que foi o fechamento do Diário da Borborema. Eu ainda não era nascido quando o DB surgiu por obra do paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo. Ao longo dos meus tempos de criança, escutei muitas histórias no rádio ABC que tinha em casa – era um tijolão preto – de Campina Grande reproduzidas a partir de relatos transcritos nas páginas do Diário do Borborema. Histórias memoráveis que o DB publicou de lutas e conquistas de nossa Rainha da Borborema. Aliás, ninguém tem dúvida de que a história do DB se confundia com a história de Campina Grande.

O tempo passou e anos depois fui trabalhar no Diário da Borborema que, para mim, foi uma grande escola, onde pude aprender muito, aperfeiçoando na prática os ensinamentos dos tempos de universidade. Na redação do DB, onde passei 14 anos, tive a oportunidade, como repórter, de resgatar algumas daquelas histórias que ouvia na época de criança. Histórias tristes, alegres, inesquecíveis e que ficaram para a posteridade.

Lembro muito bem da edição histórica dos 50 anos de existência do DB que escrevi durante três meses de pesquisa. Foi um dos períodos mais difíceis da minha vida, pois durante a produção do caderno especial perdi o meu pai. Na oportunidade, escavamos alguns dos episódios que mudaram a vida do campinense e que se perderam no tempo. Basta recordar das campanhas que o jornal liderou em prol da vinda da água para a cidade; a construção do Açude Epitácio Pessoa; a criação da UEPB entre outras. Parece que essa luta ficou enterrada no tempo e no esquecimento de muitos paraibanos.

Naquela edição memorável, reencontramos alguns personagens perdidos no tempo e que mesmo vivendo no anonimato fizeram parte dos fragmentos históricos de Campina, como um rapaz que nos tempos de criança foi atingido pela explosão de um balão de oxigênio no José Pinheiro, no fatídico Natal de 74. Nessa busca por fatos que ligava o passado ao presente, descobrimos episódios como o desencarrilhamento de um trem em Galante que matou dezenas de pessoas; a queda de um avião no Serrotão na maior tragédia aérea da cidade. Fatos que estão guardados no arquivo do jornal, sem dúvida um dos mais valiosos tesouros históricos da cidade e fonte de pesquisa para as novas e futuras gerações de campinenses.

Há pelo menos 10 anos, passei a escrever as matérias especiais de aniversário do DB e cada vez que sentava de frente para o computador sempre descobria um fato novo da brilhante trajetória do jornal que se proclamou 100% Campina Grande. E realmente era. Era impossível não vislumbrar a imagem histórica do 2 de outubro de 1957, quando Assis Chateaubriand cortou a fita inaugural do DB em um dia inesquecível para a cidade. A foto histórica e a primeira edição rodada em preto e branco vinham sempre na lembrança e nos impulsionava a reproduzi-la todos os anos.

É inconteste que o sonho de Chatô virou patrimônio de Campina Grande.

Na última quarta-feira, quando fomos trabalhar, fomos surpreendidos pela notícia dando conta de que aquele seria o último dia de circulação do cinquentão Diário da Borborema. Sem dúvida o choque foi grande. Inevitável. Uma notícia bombástica sobre o jornal que passou 54 anos fazendo notícia. Entre o histórico 2 de outubro de 1957 e o fatídico 1º de fevereiro de 2012 muita coisa mudou. O jornal que atravessou décadas, superou crise e deu salto no seu tempo, não resistiu a impiedosa onda da modernidade e morreu. Se despediu da história com a mesma rapidez com que se projetou no tempo.

A notícia dando conta de que o DB havia circulado pela última vez, certamente produziu um sentimento de dor na redação. Foi triste ver os colegas de anos no batente se despedindo. As lágrimas rolando. O choro. O alento era saber que todos tínhamos feitos a sua parte e resistido até o último dia. O sentimento que ficou foi o de perda. O mesmo quando perdemos um parente querido. As máquinas então foram desligadas. Não havia mais jornal para rodar. E um vazio imenso tomou conta da redação. Um silêncio fúnebre ficou no espaço onde produzíamos notícia todos os dias.

Para traz ficou a história, ficaram as lembranças da inúmeras reportagens que produzimos e, principalmente, da amizade que cativamos ao longo de anos. O difícil de tudo é readaptarmos a nossa rotina sem ter mais o jornal para escrever. Quem foi o culpado pelo fechamento do DB? Bom, isso é outra história que só o tempo se encarregará de descobrir.


FONTE: PB Agora 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Privataria Tucana ( o Livro que incomoda)

A várias semanas o Livro Privataria Tucana do Jornalista Amaury Junior está na lista dos mais vendidos no Brasil, este livro revela os bastidores das grandes privatizações realizadas no governo FHC, quem foram os beneficiados pelas privatizações, quais os políticos e empresários que se deram bem, quais os valores reais que cada um levou. São acusações sérias com mais de 100 paginas de provas concretas do episódio. Na Câmara dos Deputados já foram conseguidas as assinaturas necessárias para abertura de uma CPI (Comissão Parlamenta de Inquérito), só falta o senhor Presidente da Câmara fazer a abertura deste importante meio de investigação, para apurar todas as irregularidades, punir os corruptos e esclarecer para toda a população o que realmente aconteceu nos oito anos de privatizações.