sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DILMA destaca agricultura familiar em discurso na ONU

A presidenta Dilma Rousseff destacou na terça-feira (24), em discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA), o fortalecimento da agricultura familiar como eixo do modelo de desenvolvimento econômico adotado no Brasil. Para a presidenta, "o combate à pobreza, à fome e à desigualdade constitui o maior desafio de nosso tempo."

Por isso, defendeu a presidenta, adotamos no Brasil um modelo econômico com inclusão social, que se assenta na geração de empregos, no fortalecimento da agricultura familiar, na ampliação do crédito, na valorização do salário e na construção de uma vasta rede de proteção social, particularmente por meio do nosso programa Bolsa Família. 



Dilma comemorou os dados de redução da pobreza no Brasil nos últimos dois anos, apontando o Plano Brasil Sem Miséria como a inciativa do Governo Federal responsável por retirar da extrema pobreza 22 de milhões de brasileiros.

A agricultura familiar no Brasil tem 4,3 milhões de unidades produtivas, o que corresponde a 84,4% dos estabelecimentos agropecuários do País e a 74% da mão de obra do campo. O setor é responsável pela produção da maioria dos alimentos consumidos todos os dias pelos brasileiros e por 33% do valor bruto da produção de alimentos. Os dados são do último Censo Agropecuário publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

FONTE: luizcouto.com

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Por que ainda existe êxodo rural?

Nunca na historia deste país (como diz LULA o maior presidente que o Brasil já teve) houve quanto investimento por parte do Governo Federal no campo. São programas e mais programas destinados ao agricultor, especialmente ao pequeno agricultor, chamado de familiar. São ações que vão deste a compra da terra até a comercialização dos produtos.

Vejamos:

O agricultor que ainda não possui terra pode adquiri-la através da Reforma Agrária (recebimento de um lote de terra para formar um assentamento rural), ou através do Programa Nacional de Credito Fundiário (PNCF). Este último permite o agricultor comprar sua terra através de um financiamento, com juros abaixo do mercado, caso queria comprar a terra de forma individual, ou receber os recursos para a compra junto a uma associação, e nesse caso os recursos são não reembolsáveis.

Após adquirir a terra através de uma das três formas citadas acima. O agricultor pode acessar o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) para construir sua casa dentro da propriedade (se ele foi beneficiário da Reforma Agrária a casa é construída com recursos do programa, não sendo necessário acessar o PNHR). No PNHR o agricultor paga apenas 2% do valor da casa, o restante são recursos do Governo Federal.

Depois de comprar a terra e construir sua casa, o agricultor tem mais três programas para colocar energia e armazenar água. Para colocar energia ele acessa o Programa Luz para Todos, onde a concessionaria de energia de seu Estado coloca eletricidade na propriedade. Para resolver o problema da água para beber (caso do semiárido brasileiro) o agricultor acessa o Programa P1MC (Por um milhão de Cisterna) que é administrado pela ONG ASA-Brasil, mas com recursos federais. Nesse programa o agricultor pode construir uma cisterna com capacidade de 16 mil litros de água, que dá para abastecer uma família de 5 pessoas por 10 meses, a água sendo usada para beber e cozinhar. Depois de construir a cisterna para armazenar água de beber, o agricultor pode acessar o programa P1+2 (Uma terra duas águas) conhecida como segunda água, também é administrado pela ASA-Brasil com recursos federais, nesse programa o agricultor pode construir uma cisterna com capacidade de até 45 mil litros de água, que servirá para atender a demanda animal e para auxiliar na produção agrícola.

Para auxiliar o agricultor a produzir, o Governo Federal tem o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), este programa fornecer recursos através de credito rural com juros baixos e abatimento de até 25% nas parcelas, para agricultores familiares, que querem investir na propriedade ou custear a produção agropecuária.  

Ainda contribuindo para aumentar a produção agropecuária o Governo Federal tem parcerias com os Estados, através de convênios e contratos, para subsidiar as empresas oficiais de prestação de assistência técnica e extensão rural, as conhecidas emater´s, essas empresas prestam assistência técnica gratuita para os agricultores familiares de todos os Estados brasileiros.

Como todas as condições para produzir, o agricultor ainda possui outros programas que o ajudam na comercialização de seus produtos, são o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nesse programa o agricultor vende seus produtos às escolas municipais e estaduais para a merenda escolar, a venda segue um preço mínimo estabelecido pelo Governo Federal. Ainda tem o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com suas diversas modalidades, que compram os produtos diretamente ao agricultor, também a um preço mínimo estabelecido, evitando o tão famoso atravessador.  Ainda tem as feiras livre financiadas pelo Governo Federal em parceria com os municípios, aonde o agricultor tem mais uma forma de comercialização.

Após tudo isso ainda tem o Garantia Safra, o seguro da agricultura familiar, que destinada recursos aos agricultores que plantaram milho, feijão, algodão e mandioca e perderam sua produção devido à seca ou excesso hídrico. Para os pequenos agricultores que por algum motivo não se enquadraram no Garantia Safra, o governo criou um programa emergencial para atender aqueles atingidos pela seca, é o bolsa estiagem. Além dos mais as prefeituras de municípios do interior do Brasil receberam diversos equipamentos como retroescavadeiras e caçambas que serviram para construir e reformar estradas, facilitando o escoamento da produção, e também para construir estrutura de armazenamento de água nas propriedades rurais, a exemplo de barreiros e barragens subterrâneas.

Com todos esses programas e incentivos por que ainda existe êxodo rural?



Um dos motivos é a insegurança. Com a eficiência do combate a criminalidade feita pelos Estados do sudeste, especialmente no Rio de Janeiro e São Paulo, a bandidagem está migrando para interior do Nordeste, e eles preferem as cidades limites de Estados, como as policias são estaduais, fica mais fácil cometer um crime e um Estado e fugir para outro. Na Paraíba cidades limites com os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco estão vivendo dias de terror. Em cidades como Alcantil, Santa Cecília e Umbuzeiro na divisa com o Pernambuco é comum arrastões na zona rural, inúmeras famílias de agricultores estão indo morar na cidade por falta de segura no campo. Nem a seca é tão devastadora quanto à insegura e a incapacidade do Estado de cumprir sua função de proteger a população. O Estado da Paraíba que já produz muito pouco (importamos 70% dos alimentos que são consumidos no Estado) deixará de produzir pela inoperância do Estado em manter a segurança no campo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SER PAI

Próxima segunda-feira (16/09) fará 8 anos que fui pai pela primeira vez, um momento mágico, indescritível, a melhor coisa que já me aconteceu. Minhas filhotas são o maior presente de minha vida. Vivo para elas, amo demais, minhas três marias:



MARIA ISABEL


MARIA LUIZA


MARIA ALICE

Emater-PB inicia capacitação sobre viabilidade econômica na Cooperativa Santa Cecília


A Cooperativa dos produtores rurais do município de Santa Cecília-PB, foi fundada no dia 29 de abril de 2013, e vai atuar na área de leite e derivados. Sua legalização institucional está sendo completada esta semana (16 a 21 de setembro) com a emissão do número da inscrição estadual, último documento faltante para a legalização da mesma perante os órgãos estadual e federal.

O próximo passo da Cooperativa é começar a produzir, mas antes disso, é necessário fazer um estudo de viabilidade econômica das atividades produtivas que serão realizadas. Com parceira fundamental na constituição da Cooperativa a EMATER-Paraíba iniciou no dia de ontem (12/09/2013) uma capacitação que irá treinar os cooperados para fazerem um estudo amplo de viabilidade econômica das atividades a serem desenvolvidas pela Cooperativa Santa Cecília. A primeira parte da capacitação foi ministrada pela Tecnóloga em Cooperativismo e assessora estadual Vitória Aparecida Pereira Vitor com apoio do assessor regional da EMATER em Campina Grande o Engenheiro Agrônomo Ewerton de Souza Bronzeado. A capacitação contou com a presença de todos os cooperados e terá continuidade na quinta-feira dia 19/09.


Segue fotos do evento.







quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Agricultores de Junco do Seridó-PB vão fornecer alimentos ao PAA

Segue reportagem na íntegra publicada no site: paraibatotal.com.br


Adesão foi assinada durante a Jornada de Inclusão Produtiva
Os agricultores familiares do município de Junco do Seridó, que recebem assistência rural da Emater-PB na região do Sertão, vão se tornar fornecedores do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) junto à prefeitura municipal. A adesão foi assinada durante a Jornada de Inclusão Produtiva realizada no último final de semana.
Coordenada pela Emater, a jornalada é realizada juntamente com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e a Prefeitura Municipal, por meio de suas Secretarias de Ação Social, da Saúde, de Administração e das Finanças.
Durante o evento ocorreram ações informativas e de acesso aos programas de fortalecimento da agricultura familiar, como a emissão de Declaração de Aptidão do Produtor (DAP); inclusão de agricultores familiares no PAA e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os agricultores tiveram informações sobre o financiamento Garantia Safra e avaliação de cadastro na Defesa Agropecuária.
Outra ação foi o cadastro de criadores junto à Conab para aquisição de ração animal. Os agricultores ainda tiveram a oportunidade de renegociar dívidas do Agroamigo com o Banco do Nordeste, e participaram da feira da agricultura familiar. O tradicional forró na feira, promovido pela Prefeitura, encerrou o evento.
As entidades representativas dos agricultores e órgãos responsáveis por políticas no setor se integraram ao evento, com destaque para a Secretaria Municipal de Agricultura, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretaria da Defesa Agropecuária do Estado e o Banco do Nordeste do Brasil.
Pacto – Na oportunidade foi assinado termo de Cooperação entre a Emater e a Prefeitura Municipal de Junco do Seridó como parte do Pacto Social do Governo Estadual. Durante a jornada, a Secretaria de Saúde ofereceu aos agricultores, suas famílias e à população em geral teste de glicemia, verificação da pressão arterial, exames antropométricos, vacinação contra hepatite, emissão do cartão SUS e atendimento odontológico (escovação e ATF).
Mais ações – Ficou definido que no dia 18 deste mês outro evento será realizado visando atender ao público do meio rural, denominado de Documentação da Mulher Rural, que acontecerá no Clube Recreativo, contando com a parceria da Prefeitura Municipal de Junco do Seridó, a Emater Paraíba e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pelo Incra.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Emater de Santa Cecília-PB realiza curso sobre hidroponia do milho

A prática da hidroponia do milho foi bastante divulgada no final da década de 1990 por diversos órgãos do Estado da Paraíba, embora bem aceita bem agricultores na época, sua confecção ficou comprometida devido não existir no Estado a venda dos elementos químicos para fazer a solução nutritiva, essencial para a hidroponia, pois, a mesma não utiliza o solo, apenas um substrato de materiais orgânicos secos, a nutrição da planta é feita através de uma solução nutritiva rica em macro e micronutrientes. Sem os elementos para fazer a solução nutritiva à prática da hidroponia do milho ficou esquecida durante mais de uma década.

Em 2012 Extensionistas da EMATER-Paraíba que já trabalhavam com biofertilizantes resolveram testar esse importante fertilizante foliar na confecção do milho hidropônico, substituindo a solução nutritiva por um adubo orgânico que tem múltiplos usos. Os resultados foram satisfatórios e a EMATER tornou-se pioneira no mundo a usar biofertilizante em hidroponia do milho. Confeccionou e demonstrou o milho hidropônico durante todo o ano em diversos eventos e dias de campo.

A partir de 2013 com o agravamento da estiagem que se prolongou do ano anterior, houve a necessidade de ampliar as alternativas de alimentação para o rebanho, e uma das principais ações foi fazer a hidroponia nas propriedades dos agricultores, para ensiná-los na prática a confeccionar o milho hidropônico.

A Unidade Operativa da EMATER em Santa Cecília-PB vem trabalhando desde o inicio do ano diversas atividades buscando divulgar práticas de convivência com o semiárido, especialmente em formas de armazenamento de forragem e alimentação alternativas para o rebanho bovino, já que o município é dos maiores produtores de leite do Estado e a bovinocultura de leite é sua principal atividade econômica. Buscando realizar mais uma ação de convivência com o semiárido a EMATER local em parceria com a Coordenadoria Regional da EMATER em Campina Grande organizou o primeiro curso sobre hidroponia do milho usando biofertilizante em propriedade de agricultor familiar.

O curso contou com dois momentos o primeiro foi em agosto onde os agricultores aprenderam a fabricar o biofertilizante e o segundo momento foi realizado hoje (10/09/2013) 25 dias após a fabricação do biofertilizante, tempo necessário para a fermentação do mesmo. No dia de hoje foi ensinado a prática da hidroponia do milho propriamente dita. O curso (em ambos momentos) foi realizado na comunidade Maniçoba, maior produtora de leite do município, na propriedade do agricultor familiar José Correia, o curso contou com o apoio da Cooperativa Santa Cecília e da Prefeitura Municipal.

Segundo o Engenheiro Agrônomo e Assessor Regional da EMATER em Campina Grande Tarciso da Costa Ramos que também foi o ministrante do curso, a hidroponia do milho pode fornecer até 160 kg de forragem verde em 5 metros quadrados de canteiro, em um período de 15 dias, custando apenas 0,15 centavos por kg, é uma enorme quantidade de forragem, feita em um espaço diminuto, em curto período de tempo, custando quase zero ao agricultor, além de ser uma fonte de alimentos rica em nutrientes e água.


Segue abaixo fotos do segundo momento do curso realizado hoje.