sábado, 3 de março de 2018

Visita de intercâmbio sobre Biodigestor e Banco de Proteínas é realizado pela EMATER/GU


Aconteceu no último dia 01 de março de 2018 uma visita técnica de intercâmbio entre agricultores familiares e técnicos da extensão rural ao assentamento Novo Campo, propriedade do agricultor familiar José Mário da Silva, divisa dos municípios de Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel, no cariri paraibano. A visita foi organizada pela Coordenadoria Regional da EMATER/GU de Campina Grande com a mobilização do escritório Local da Emater de Santa Cecília/Barra de São Miguel. Estiveram presentes 35 agricultores familiares de Barra de São Miguel, Santa Cecília e Riacho de Santo Antônio, 06 Extensionistas rurais da Emater dentre eles o Coordenador da EMATER em Campina Grande, os Extensionistas dos escritórios de Alcantil, Santa Cecília/Barra de São Miguel, Riacho de Santo Antônio, Aroeira e Massaranduba, jornalistas e técnicos do INCRA, além da equipe da Secretária de Agricultura Municipal e do prefeito de Barra de São Miguel. O evento teve como objetivo a demonstração do Biodigestor, o banco de proteínas e a diversidade de cultivos e criações do agricultor José Mario assentado responsável pela propriedade.

Durante a visita o agricultor José Mario demonstrou o funcionamento do biodigestor, falou da construção, dos custos e benefícios do equipamento que serve para produzir gás, através da ação de bactérias anaeróbicas atuando na decomposição de fezes de animais, esse gás tem diversas finalidades, uma delas é o uso como gás de cozinha, o biodigestor instalado na propriedade de José Mario, armazena uma quantidade de gás equivalente a 4 botijões de gás de 13 Kg, o biodigestor segundo o agricultor custou R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais) e depois da construção, ele economiza 1,5 botijões por mês, uma encomia de R$ 105,00 mensais, em 23 meses o biodigestor se paga com a economia. É um equipamento permanente, que com manutenção correta dura vários anos. O engenheiro agrônomo Ailton Santos Extensionista da Emater dos escritórios de Santa Cecília e Barra de São Miguel, comentou sobre a importância do biodigestor, destacando que  além da economia, o agricultor não precisará nunca mais comprar botijão de gás, o biodigestor ajuda na conservação do meio ambiente, evitando que o agricultor retire lenha da caatinga para cozinhar, melhora a limpeza de currais e apriscos, diariamente o agricultor irá retirar as fezes dos animais para abastecer o biodigestor, contribui para evitar doenças respiratórias especialmente em idosos e crianças, pois elimina a fumaça dos fogões de lenha, e o sob produto do biodigestor é o biofertilizante, excelente adubo que pode ser usado na adubação foliar de praticamente todas as culturas comerciais. No biodigestor não se perde nada, é um equipamento que deveria está presente nos lares de todos os agricultores que desenvolvem a atividade da pecuária, finaliza o Extensionista Rural.

A visita de intercâmbio ainda teve a demonstração do banco de proteínas, cultivo consorciado de moringa e gliricídia, essas plantas são usadas para fazer ensilagem, sendo fornecida aos animais durante a escassez de alimentos. O agricultor ainda mostrou a criação de aves caipira, explicando todo o manejo e a fabricação de ração, por ultimo o agricultor mostrou o plantio de hortaliças. José Mario, além do banco de proteínas, cultiva milho, feijão, palma forrageira resistente a cochonilha do carmim, melancia de cavalo e sorgo, e cria aves, caprinos, ovinos e bovinos.

O prefeito de Barra de São Miguel João Batista (PSB) ficou encantado com o biodigestor, segundo ele é uma tecnologia incrível que trás muitos benefícios ao agricultor, é uma maneira de melhorar a vida no campo, fornecendo qualidade de vida.

O evento foi encerrado pelo Coordenador da EMATER/GU em Campina Grande Sales Junior, que enalteceu o evento e falou sobre a importância de visitas de intercâmbio tanto para os agricultores como para os técnicos, que essa visita sirva para que mais biodigestores sejam construídos nos diferentes municípios e as experiências compartilhadas hoje possam ser multiplicadas nas diversas comunidades rurais.





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